segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Porque os brasileiros não querem conhecer seu paraíso?


Tem coisas que nunca vou entender. Uma delas é o total desinteresse dos viajantes brasileiros, pela região amazônica, um paraíso natural que atrai batalhões de turistas e viajantes de todo o mundo.

Quando algum representante dos desmatadores no Congresso apresenta uma lei para cortar mais árvores, mil petições correm pelas veias virtuais da Internet pedindo sua arquivação, mas quantos destes assinantes querem conhecer nosso mais incrível patrimônio natural? Poucos!

É verdade que os preços absurdos praticados pelas empresas aéreas que servem a região norte não estimula ninguém a viajar para cá. É verdade também que um charter para Nova Iorque muitas vezes é mais barato do que um para Manaus, o que nem a ciência econômica explica. Mas, mesmo se levando em conta as dimensões continentais de nosso país e as dificuldades de se locomover em tão amplo território, não vejo o dia em que os brasileiros se interessarão por algo mais do que as emoções baratas da urbanidade.

A falta de interesse dos brasileiros pela Amazônia chama a atenção dos estudiosos do turismo principalmente porque, longe de ser uma viagem tediosa, a nossa região oferece emoção, cultura, paisagem e descobertas que aumentarão nossa conceito de cidadania. Mais espanto ainda sentimos quando lemos os relatos de tantos jovens brasileiros que se aventuram pela África, no entorno dos Pólos, em frágeis embarcações através de oceanos perigosos, escalam o Atacama e conhecem Bali na palma da mão, tudo atividades muito interessantes e válidas, mas porque tantos viajantes e aventureiros tem na Amazônia um vácuo inexplicável em seus currículos?

Longe de ser uma Disneylandia, Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Acre e partes do Mato Grosso e do Maranhão são plenos de história, novas informações, aventuras de arrepiar os cabelos e tranqüilos passeios, calor e frio, florestas sem horizontes e rios onde a vista se perde junto com a memória da urbe poluída.

Manaus, Santarém e Belém podem ser pontos de partida para vivências que nos ajudarão a conhecer melhor as idiossincrasias de um país complexo como o nosso, e quem sabe tornar-nos capazes de administrar com mais competência este magnífico patrimônio da humanidade que é a Amazônia. Sim, digo patrimônio da humanidade porque à vista dos estudiosos parece que o mundo todo se preocupa mais com a saúde da Amazônia do que os próprios brasileiros.

Talvez por esta razão torne-se ainda mais importante conhecer a região que muito se fala ser "desejada pelos estrangeiros", mas que nada fazemos quando está sendo devastada todos os dias pelos seus próprios moradores, tão brasileiros como nós, sob a desculpa de "desenvolver" a região, que na verdade fica sempre mais pobre.

Como seria bom para a região se todas as pessoas que bem-intencionadamente assinam e circulam indignados manifestos contra a destruição da Amazônia fizessem suas malas e partissem para a aventura de suas vidas naquela região. Que caminhassem sob a copa das imensas árvores no entorno de Oriximiná, dormissem lambidos pelo céu estrelado de Altér do Chão, navegassem por rios de água cristalina na floresta fechada, a apenas 30 minutos de Manaus. Ou à meia noite, à bordo de um charmoso barco regional ancorado num toco em qualquer igarapé, escutassem o suave respiro de um peixe-boi no labirinto do Arquipélgo das Anavilhanas, o maior grupo de ilhas fluviais do mundo, em pleno Rio Negro, perto de Novo Airão, onde os mosquitos são inexistentes.

Viajantes, se toquem! Conheçam os campos de Roraima e seus cavalos selvagens, as corredeiras de São Gabriel da Cachoeira, a esperança nos olhos dos habitantes das margens das rodovias enlameadas que sobraram do delírio das transamazônicas militares, onde grande parte da nossa dívida externa foi enterrada no estilo de Fitzcarraldo.

Hoje no primeiro mundo não existe nada de mais "moderno" do que conhecer os poucos lugares do mundo onde a natureza ainda está preservada, e os milhões de turistas estrangeiros que visitam regularmente a Amazônia, sabem disso. Mas quando será que os brasileiros que viajam pelo mundo afora, e furiosos assinam manifestos contra a suposta cobiça dos estrangeiros pela Amazônia, vão deixar de se deslumbrar com as contas coloridas e espelhinhos de Miami e Paris e descobrir o verdadeiro tesouro que tem, natural mas não menos mágico, no próprio quintal de casa?

terça-feira, 14 de julho de 2009

softwares livres ou privados?

A disputa entre aqueles que defendem o uso dos softwares livres e dos que utilizam o softwares proprietários não envolve apenas questões tecnológicas. A escolha do usuário tem efeitos na política, na economia e no desenvolvimento sustentável de um país como o Brasil.

Navegar é preciso, pagar não é preciso

É quase sempre proibido copiar, distribuir, reproduzir ou modificar a maioria dos produtos que tem como matéria-prima a informação, a tecnologia ou o conhecimento. Acostumamos com o tal dos ‘direitos reservados’, e é assim com a imensa maioria dos livros, CDs, softwares etc. Até pouco tempo, só com muito dinheiro era possível acompanhar o ritmo das inovações. Agora, proliferam-se no mundo inteiro movimentos que defendem a bandeira do sistema colaborativo de produção de conhecimento criando soluções palpáveis, inteligentes e rentáveis de produção, entre outras coisas, de Softwares Livres. Alternativas, aparentemente, mais acessíveis e bem mais justas...

Veja na íntegra http://diplo.uol.com.br/2009-05,a2845

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Gorjeai-vos!

O que seria Twitter? Ao pé da letra, gorjear(Piu piu) a ave que cantarola e canta notícias com 140 caractéres, na capa da revista Época desta semana o Twitter figura novamente como um dos destaques.

Irã 2.0 é o tema da capa.

A Matéria fala sobre como os Iranianos estão fazendo para se comunicar em meio a toda a confusão gerada pela corrupção nas eleições.

Após vários bloqueios em meios de comunicação, incluindo aí rede de celulares (envio de SMS), sem falar no fato de a própria TV não cobrir os problemas com a eleição, as redes sociais têm ajudado muito no atual processo que está começando a transformar a república Islâmica.

O Twitter foi e vem sendo bastante utilizado por aquelas pessoas para organizar redes de contato para organizar os protestos e debater a corrupção na eleição, através da hashtag #iranelection, que vem diariamente figurando em primeiro lugar entre os Trending topics do Twitter.

A cada dia encontra-se uma utilidade diferente para a ferramenta que vem redefinindo a forma como nos comunicamos, como marcas se posicionam na rede e como é possível criar um movimento através de alguns tweets, portando gorjeai-vos!

http://twitter.com/betoloading

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Amazônia realmente é linda


Sempre ouvi essa frase " Amazônia é linda" claro que quase nunca em nosso idioma, ouvia "Amazon is amazing" , "L'Amazonie est étonnant", "Amazzonia è sorprendente" ou "Der Amazonia ist erstaunlich". Não se assustem não falo francês, italiano muito menos alemão malmente o inglês meio tupiniquim, é de assustar mesmo a não valorização que damos a este lugar e mais assustador ainda ter a consciência que moramos nele, somos cercados por uma biodiversidade enorme, temos como nossos vizinhos mananciais, rios de águas doces e cristalinas, florestas quase intocáveis, sei que já ouvimos diversas vezes falar sobre isso e a palavra Preservar a Amazônia parece meio clichê. Mas você já saiu de casa e foi aqui próximo na FLONA, no Bosque Santa Lúcia ou mesmo na Floresta Encantada no Caranazal próximo a Alter do Chão? Se não foi meu amigo (a). Como pode falar de desenvolvimento sustentável e conservação da Floresta se não conhece a um palmo de seu nariz?
Sempre ouço fulano falar que viajou pra aquele ou outro lugar. Mas e o seu lugar, você o conhece? Podemos reclamar, espernear, fazer cara feia para os "gringos" dizer que eles querem piratear, ocupar a Amazônia. Mas como você pode reivindicar algo que nem mesmo conhece, não estou aqui falando que devemos "entregar" a Amazônia a eles, mas se você for à Torre Eiffel todo francês vai saber a história dela e até mesmo lutar pela conservação da mesma, se você for à Itália todos vão saber o que é a Torre Piza e a luta pela conservação da mesma, mas nós, o que sabemos sobre a Amazônia? Espantei-me há um tempo quando falei sobre as figuras rupestres no Parque Nacional de Monte Alegre, e ouví um Belga falar o ano aproximadamente em que elas foram esculpidas, o período e qual civilização poderia ter feito aqui ou mesmo quando ví em um artigo Britânico, um estudante de nível médio falando sobre a Samaúma. Será que os estudantes do tradicional Colégio Dom Amando com raízes no meio da Amazônia saberiam dizer o que é uma Samaúma? Mas aposto se fizer um pergunta sobre algo relacionado a um i-Pod eles saberiam, nada contra a tecnologia, aliás, nem poderia afinal de contas sou um Analista de Sistemas a questão aqui é a valorização do que é nosso. Sempre gostei de ouvir "Amazon is amazing", mas adoraria muito mais ouvir e sentir isso em um bom português. Você só consegue conhecer o outro depois de se conhecer melhor, Viaje pela Amazônia!

Dicas:

Flona (Floresta Nacional do Tapajós, Belterra - PA)
Reserva do Mamirauá - AM
Ambas precisam de autorização do IBAMA

Parque Nacional de Monte Alegre - PA (Pedras e pinturas rupestres)
Cidades dos Deuses (Alenquer - PA)
Cachoeiras Vale do Paraíso(Alenquer - PA)



com o tempo vou indicando mais lugares e falando um pouco mais desses citados acima. Boa viagem!

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